CONTRARRAZÕES - BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE PERMANENTE - DOENÇA RENAL CRÔNICA - DIÁLISE

Publicado em: 01/07/2022 16:29h

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Ao Meritíssimo Juízo da XXXX Vara Federal da Subseção Judiciária de CCCCC, estado de EE.

 

Processo nº XXXXX

 

 

 

                        FULANO DE TAL, já qualificado nos autos do processo de número em epígrafe, que move em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, por seu procurador abaixo firmado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar as CONTRARRAZÕES à Apelação/Recurso Inominado interposto pelo Instituto, o que faz com base nos fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos:

 

                        RECURSO DA AUTARQUIA. Em síntese, a autarquia previdenciária deduz inexistência de incapacidade para concessão de aposentadoria por invalidez. Entretanto, suas alegações estão totalmente divorciadas dos preceitos legais e jurisprudenciais, senão vejamos:

 

                        FUNDAMENTOS JURÍDICOS. A r. sentença recorrida deve ser mantida, vez que está em perfeita consonância com a reiterada jurisprudência emanada de Nossos Tribunais, com efeito, com muita propriedade e sabedoria fez-se Justiça e não exorbitou os limites da lei, desta forma, a mesma deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos.

                        Ainda, há de se mencionar que a decisão foi proferida em observância ao laudo pericial médico confeccionado nos autos, bem como aos demais documentos que foram arrolados com a inicial, que não deixam qualquer dúvida acerca da condição do autor e da sua patologia e tratamento paliativo do qual é submetido.

                        Cita-se, também, que o Autor é pessoa simples, com pouco instrução, com apenas o ensino fundamental, e qualificação profissional, cujo universo social não sustenta a mais remota aspiração ao exercício de atividades que não dependam da só aplicação de sua força física, e principalmente do estado emocional, e que lhe permitiam as oportunidades do mercado local e suas limitadas circunstâncias pessoais, enquanto desfrutava de todo seu vigor físico, e ao perdê-lo não lhe restou alternativa a não ser o benefício previdenciário.

                        Está claro que a incapacidade total e permanente não é impossibilidade teórica e absoluta de trabalhar, como se fora o reflexo de um modelo ideal, mas aquela que se revela na situação concreta de pessoa determinada, no contexto de seu relacionamento com o mundo objetivo, é inconcussa a relatividade do trabalho.

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